TORRES, Rosa Maria. Itinerários pela educação
latino-americana: caderno de viagens. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Reforma: Política, sistema estatal, homogêneo e esquema
vertical.
Inovação: Micro, surge de baixo e sem grandes aspirações. (Semente
para implantação da grande reforma)
Centralismo e Autoritarismo: cultura escolar – Centralismo, burocracia e
hierarquia rígida.
Escola não formal: Movimento alternativo a educação formal.
Em cima (especialistas): Reforma – Burocrática e pouco
contextualizada
Embaixo (chão da escola): Inovação – muito superficial
Tendência nos anos 80: aproximação do sistema escolar do
estado de instituições não governamentais e não formais. (Projetos de melhoria
para qualidade da educação)
·
Terceirização de atividades e serviços educativos.
INTINERÁRIO I – MUNDO DA EDUCAÇÃO
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O MOLDE DA REFORMA EDUCATIVA
País elabora 3 documentos: Diagnóstico, recomendações e
Plano.
è
Quem produziu os documentos? Especialistas
influenciados pelas diretrizes internacionais sobre educação.
è
Qual realidade eles retratam? Não retratam a
realidade global. Não traz histórico sobre a região.
Diagnóstico: falta de equidade, repetência, evasão,
ineficiência interna e externa, má qualidade, baixo rendimento, falta de
materiais, capacitação de docentes, centralismo administrativo.
Recomendações: Descentralização e incentivar a autonomia das
instituições escolares, estimular a participação e os recursos privados, melhorar
e controlar a qualidade, fortalecer a capacidade institucional, diversificar
mecanismos e as fontes de financiamento da educação.
Plano: Reforma educativa no Ministério da Educação,
Descentralização, acordos e consensos nacionais, focalização na pobreza,
prioridade para educação básica, programas de compensação, aumento do tempo de
instrução, melhoria da qualidade, fornecimento de textos manuais
Crítica: Faltam dados reais e contextualizados.
O LÍDE : OS VÍCIOS DA POLÍTICA
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Comunidade “Saudável” – cenário favorável, porém
a população não participa
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Conquistas políticas – influências políticas
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Participação popular? Não existe, a população só
representa votos.
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Cidade artificial
QUANDO A EDUCAÇÃO SE REDUZ AOS PRÉDIOS
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Bairro pobre (Pernambuco), prédio escola
magnífico
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Ainda sem aulas e sem recursos internos
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Foco na construção ou nas pessoas? Valor investido
é alto, porém não há investido na educação em si.
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Trabalho não articulado
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“Cimento sem projeto”
SIGLITE – Siglas
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Muitas siglas na escola (desconhecidas
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Novos governos, novas siglas
A VONTADE CUBANA – Esforço para promover a educação após a
revolução cubana
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Visita nos anos 80
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Compreensão da “vontade política” aplicada à
educação
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Pós revolução (educação para marinheiros
analfabetos)
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Educação como prioridade e direito de todos os
cidadãos
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Educação para motorista de ônibus (programas de
rádios e cartilhas)
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Milhares de classes primárias nos anos de pós
revolução (prioridade para zonas rurais)
O JARGÃO EDUCACIONAL
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Palestras e seminários como clichês da educação
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Avaliação, novo método de gestão, competências,
trabalho coletivo, construtivismo, temas transversais.
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Verbalismo, oratório, complicação!
O AUTORITARISMO DOS MÉTODOS PARTICIPATIVOS
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Oficinas – “método participativo”
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Regras: Não tomar nota durante a oficina;
escrever em um cartão tudo o que alguém diz, não mais que três palavras e não
pode ser em forma de oração.
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Extrema moderação na fala dos participantes
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Avaliação ao final do dia (coloquem se em
círculos, deem as mãos, fechem os olhos)
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Muitas ordens em nome da participação coletiva.
ESCOLA PARA ENSINAR E ESCOLA PARA SE EXPLICAR
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A escola pública regular não se aplica
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Escolas paralelas
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Ensinar e explicar separados (Ensino –
Aprendizagem)
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Programas compensatórios, instituições de
reforço, professores particulares
NORMAS
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Excesso de leis, normas, decretos e regulamentos
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Precisam ter sentido libertador e não aprisionador
PROJETITE
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As escolas são falam em projetos
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Os projetos invadiram a escola
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Oportunismo: Empresas de consultoria
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Cultura do projeto: Competição, superficialidade,
ênfase nos resultados
DA REFORMA NO PAPEL E A REFORMA REAL
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Bolívia: Documento curricular ( A importância do
trabalho em grupo) – Carteiras de terra.
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1996 – Brasil/ São Paulo: 2 h semanas de
trabalho coletivo x trabalhos coletivos
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1995 - Peru: articulação inicial e primária x falta
de organização escolar e uso de material convencional
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1991 – México: distribuição de matérias x falta
de professores
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Anos 90 – Colômbia: Projetos educativos
institucionais x elaboração de projetos por equipes técnicas externas à escola
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1996 – Brasil: Distribuição de computadores x
roubos de equipamentos e a falta de capacitação para professores
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1997 – Chile: Aumento da jornada escolar x
Incompatibilidade dos horários da comunidade (almoço, trabalho, saída...),
falta de infraestrutura
INTINERÁRIO II – O MUNDO DA EDUCAÇÃO
A ESCOLA DA PROFESSORA RAQUEL
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Escola 16 de setembro (Querétero/México)
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Escola pública e rural (ambiente bem cuidado)
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Integração com a comunidade
AS MIRAGENS DA INOVAÇÃO ESCOLAR
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Escola (Tequisquiapan/México): reconhecida como
inovadora (laboratórios, hortas, aquário)
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Crítica e pedagogia da memorização
(enciclopedismo)
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Questão: Como se ensina e como aprende?
CONVOCAÇÃO PARA UMA REUNIÃO DE PAIS
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As escolas não “convocam” os pais – o Correto
seria convidar
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Apatia das famílias? Não, falta de habilidades
da escola
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Elementos: Formato, horário, temática, metodologia
LICÃO DE HOJE: OS FATORES ABIÓTICOS
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Crítica aos temas irrelevantes
OS CONTORCIONISTAS: SOBRE HABILIDADADES E TALENTOS
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Papel da escola: ajudar o aluno a descobrir que
é bom em alguma coisa.
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Não valorização apenas do intelectualismo
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Aumento da valorização das aulas de educação
física
INSTALAÇÕES EDUCATIVAS E EDUCATIVAS COMUNITÁRIAS
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Exemplo de escola bem organizada e estruturada
para educar/ensinar e para receber a comunidade e oferecer espaços de
entretenimento (Quito)
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Sessões de cinema, celebrações comunitárias
(casamentos, batizados), parque, praça, biblioteca, competições acadêmicas).
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Compensam as carências dos alunos
Crítica: Cuidado: não se diferenciar a ponto de construir
muros físicos e mentais entre a escola e comunidade.
UMA EDUCAÇÃO QUE NÃO VALORIZA O ESFORÇO PRÓPRIO
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Apresentação de obra literária
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Interpretação ou reprodução?
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O mapa colado na parede é mais valorizado do que
o mapa feito à mão
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As formas valem mais que os conteúdos
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Educação que não valoriza o esforço próprio
SOLUÇÕES FALSAS E SOLUÇÕES VERDADEIRAS PARA O PROBLEMA DA
EDUCAÇÃO
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Sugestão: reorganização do calendário e do
horário escolar, educação a distância, modalidades itinerantes, mudanças nas
atitudes e normas de convivência e avaliação escolar.
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É preciso pensar em verdadeiras alternativas
para o problema da educação
LIVROS INFANTIS E LEITURA EM SALA DE AULA
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Professor não sabe diferenciar um conto
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Critica a postura do professor que diz se a sala
não ficar quieta não fará a leitura
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História se torna tarefa escolar
DISCRIMINAÇÃO POSITIVA E OS RESULTADOS DAS ESCOLAS
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Anos 90 – Políticas e programas de
“discriminação positiva”
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Chile – Programa das 900 escolas (P-900)
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Análise superficial da problemática
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Criação de programas compensatórios
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Programa das 900 escolas: infraestrutura e
reforço personalizado
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Selecionam os alunos mais problemáticos para a
criação de oficinas
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Almoço – apenas para crianças com índices muito
alto de carência e pobreza
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Professores: oficinas de aperfeiçoamento e
baixíssimos salários
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Cenário social: violência na família,
maus-tratos contra o menor, alcoolismo, prostituição
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Cenário escolar: crianças com inúmeros talentos
e capacidades
INTINERÁRIO III – OS EDUCADORES
DOIS TEMORES ME PARALISAM: O DIRETOR E OS PAIS
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As escolas oferecem um ensino que as crianças não
aprendem
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Mudanças: mundo, tecnologias, conhecimento, os
alunos
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É preciso “revolucionar” a educação, mudar e
mentalidade
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As inovações sugeridas esbarram em obstáculos
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Administração rígida e pais implacáveis
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É difícil realizar até mesmo pequenas mudanças
na rotina escolar
TRABALHO EM DOIS TURNOS E FAÇO CROCHÊ
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Trabalho em dois turnos: dificuldade de
deslocamento
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Atividades complementares: cosméticos, crochê, roupas
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Menor foco na atividade educacional, cansaço,
desvalorização
EU DOU UM JEITO
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Trabalho espontâneo
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Desafio: alfabetizar crianças em situação
precária
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Carência dos professores: sem ferramentas e
formação necessária
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Anomia pedagógica (ausência de métodos)
EU GOSTO DE SER PROFESSOR DE PRIMEIRA SÉRIE
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Ser professor da primeira série é mais fácil?
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Não exige qualificação, nem experiência?
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É necessário ter mais conhecimento para ensinar
no secundário do que no primário?
O ORGULHO DE SER PROFESSOR
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Histórias de mulheres que lecionam por 50 anos
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Missão de desenvolver pessoas
O AMOR É PARTE DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
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Escolar comunitárias (Pernambuco/1960)
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Realidade: favelas, pobreza, dificuldades de
ensino aprendizagem, merenda fraca
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São escolas do povo, ruins, mas tenta assumir o
papel que deveria ser do estado
MANIPULADORES DE ALIMENTOS, MANIPULADORES DE TEXTOS
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Chile: manipuladoras de alimentos e não
cozinheiras
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São simples manipuladoras e embaladoras
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Perda da identidade, da realização pessoal, da
criatividade
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Educar: tem-se transformado em embalador de
textos
O DIA QUE TODOS OS PROFESSORES SÃO SANTOS
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Dia dos professores (Mas o estado não o
valoriza)
DIRETOS DOS PROFESSORES. E OS DIREITOS DOS ALUNOS
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México (Chiapas) – as línguas faladas por
professores e alunos são diferentes
OS PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS
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Equipamentos chegam às escolas
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E a capacitação dos professores? Não ocorre
capacitação dos professores
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O investimento inclui compra de equipamentos, instalações
e manutenção
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O especialista contratado de fora
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O professor não precisa acompanhar a
modernidade?
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Marginalização tecnológica
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Informática e tecnologia – Necessidade!
DUAS ESCOLAS DUAS DIRETORAS
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Escolas bem administradas, funcionam bem
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Diretoras com estilo diferentes (Uma autoritária
e outra democrática)
A AULA-MODELO
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Oficina de capacitação docente de Lima
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Formador – ênfase no aspecto teórico
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Professor – ênfase na metodologia
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Sugestão – uma aula modelo, prática que supere o
tradicional
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Relação teoria e prática ( São coisas diferentes
porém indissociáveis)
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Importante: preocupação com e como e com o
porquê do ensino aprendizagem
INTINEÁRIRIO 4 – EXPERIÊNCIAS INSPIRADORAS
UM DIA NA COMUNIDADE-ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM GRANADA
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1973 – 1983 na ilha caribenha
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Oportunidade de interação professor-comunidade
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Objetivo: construção de uma nova escola
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Compromisso do Movimento Nova Joia –
democratizar a educação no país
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1980 – “ Ano da educação e produção” – reformas
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Seminário – um novo professor para uma nova
sociedade
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CSDP – Programa um dia na comunidade escolar
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Participação da comunidade
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CSDP – programa descentralizado (APM, conselho
escolar e comunitário, coordenadores de áreas)
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Desenvolvimento de competências dos alunos
A BIBLIOTECA COMO COMO NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
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Uma experiência em Córdoba na Argentina
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Iniciativa: Fundação Pedro Milesi – Instituição
privada sem fins lucrativos
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Objetivo: organização comunitária e promoção de
valores
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Criada para adultos, mas ocupada por crianças
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Variedade de serviços
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Função central: Leitura!
TEORIA E PRÁTICA PEDAGÓGICA: UMA EXPERIÊNCIA EM PASSO
FUNDO/BR
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Formar professor reflexivo e pesquisador
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Encontro de professores – Promover diálogo,
reflexão e aprendizagem
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UPF – Universidade de Passo Fundo
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Projeto de estudos – o ciclo de estudos para a
teorização da prática pedagógica em uma perspectiva emancipadora – Pedagogia
crítica
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Metodologia: Leitura prévia do texto, elaboração
de registros e sessões mensais de estudos
·
Grupo de professores como espaço de formação –
Discussões e análise
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Qualidade permanente em serviço (busca por
respostas concretas)
SONHAR COMO PALAVRA DE ORDEM: uma rede de educação
comunitária em Buenos Aires
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“ Com o que sonham os jovens desse bairro? ”
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EL Encontro – rede de 16 organizações
comunitárias
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A criação do projeto parte da consulta à
comunidade
UMA PEQUENA ESPERIÊNCIA COM GRANDES LIÇÕES: o projeto Ler e
Escrever na Venezuela
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22% de repetência anual
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Problema: falta de cooperação entre a pré-escola
e a escola em relação ao ensino das crianças
·
Solução: novos métodos de alfabetização, oficina
de capacitação de professores, trabalho sistêmico e coordenado entre educação
pré-escolar, educação primária e educação especial
·
Importante: Supervisão comprometida
O BAIRRO COMO ESPAÇO PEDAGÓGICO:
·
Sementinha – Vitória - ES, São Francisco e
Sabará – MG – Crianças de 4 a 6 anos
·
CPCD – Centro popular de cultura e
desenvolvimento
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Espaço de socialização e brincadeiras
·
Metodologia: roda, pauta, avaliação e memória do
trabalho
·
Reunião entre crianças e coordenadores
·
Interessante: Em um espaço de carência em
recursos pedagógicos e culturais em um projeto de grande riqueza e potencial
VIGÊNCIA E O PODER DO RÁDIO: as “rádios” das escolas no
deserto” em Mendoza – Argentina
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Rede de rádio: possibilita a comunicação entre
12 escolas-albergues
·
Responsabilidade pelas rádios: Professores
·
Grande parte da programação: Alunos
·
Espaço de educação e cuidados (assistência a
saúde, higiene, alimentação e educação)
·
Região isolada – único referencial cultural
·
Papel importante da rádio
EDUCANDO AS MÃES NO VALOR DO AFETO E DA BRINCADEIRA: uma
experiência em Tucumán na argentina
·
Melhorar o relacionamento entre pais e filhos
REDES E SISTEMAS ESCOLARES: Experiências na Colômbia e no
Chile
·
Redes escolares Pasto – Colômbia
è
Rede escolar da comunidade + ONG e pessoas do
centro de saúde
·
Articulação para melhor distribuição de
recursos, unificação de critérios, coordenação de esforços,
·
Critério de delimitação de rede: geográficos,
econômicos e socioculturais
·
Estrutura: assembleia de delegados, conselho de
rede, comissão de análise
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Redes de professores rurais pesquisadores: Departamento
de Tolima na Colômbia)
è
Iniciativa parte dos professores
è
Programa: construção de escolas, boletim próprio
da rede (Pilas Maestro),oficina de capacitação docente e atividades de promoção
e difusão da escola rural
è
Encontro em jornadas a cada 2 anos
REDES ENLACES – CHILE
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Interescolar, de comunicação computadorizada
entre alunos e professores de escolas básicas (internet e laboratórios)
·
Financiamento do banco mundial
·
Software fácil de ser usado
REDE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA EDUCAÇÃO MÉDIA – Diretório
de assistência técnica no Chile
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Assistência técnica especializada com base nas
informações recolhidas
PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA – Modelo educativo alternativo 1937
– Espirito Santo - Brasil
·
Regime de alternância: duas semanas na escola e
duas semanas em casa
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Quando um grupo de alunos está em casa o outro
está na escola
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Jornada de 9 a 12 aulas
·
Período em casa: não é “tempo livre”
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Elementos importantes: integração com a família,
convivência com alunos e professores na escola, ligação estudo-trabalho, formação
mais que instrução, adaptabilidade e flexibilidade
·
Leva-se em consideração as necessidades das
áreas rurais (Campo)
ITINERÁRIO V – PROPOSIÇÕES
DERRUBAR E COMEÇAR TUDO DE NOVO – Nicarágua
·
Políticas de governo
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Novos governos (ideologia liberal) x sandinistas
(justiça, igualdade)
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Influência das agências internacionais (Banco
mundial, OCDE, UNESCO)
DIVORCIO ENTRE ESCOLA E COMINIDADE
·
Concurso – Fundação Kellogg – 1998 – Barreira entre
a educação formal e informal
·
Articulação cheio de desafios
·
Desafio maior: como construir uma comunidade de
aprendizagem (Junção de valores e inovação)
ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLA E ESCOLA
·
Projeto realizado por uma ONG no Chile
·
Discussões, reuniões, sem a participação da
professora
·
Dilema – Escolarizar a educação infantil ou
descolarizar a escola
EXPERIÊNCIAS ARTICULADORAS
·
Currículo: alternativas de integração curricular
entre pré-escola e escola
·
Capacitação de docentes: normas e mecanismos que
favorecem o intercâmbio e o trabalho mais integrado
·
Escola e comunidade – Escola de pais e
capacitação de mães educadoras
O CURRICULAR E O EXTRACURRICULAR
·
SEE-PR – Curitiba – Diretores e professores que
desenvolveram uma antipatia pelo termo extracurricular
·
Curricular – associado ao formal, convencional e
normativo
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Extracurricular – definido como âmbito informal,
do atraente e inovador
·
Educação não-formal e educação popular: também
contribuíram para reforçar esse esquema de oposições dicotômicas entre currículo
formal/convencional e não-formal/inovador
APRENDIZAGEM ATIVA: Será que existe alguma outra?
·
Discurso x prática – Conhecer pedagogia para
utilizar estratégias de ensino-aprendizagem, o foco principal não é o ensino e
sim na aprendizagem (Aluno)
·
Pedagogia ativa (aluno-aprendizagem) x ativismo
(professor)
O QUE É BOM PARA OS ADULTOS GERALMENTE É RUIM PARA AS
CRIANÇAS
·
Aumento da escolaridade e o crescimento da
indústria de brinquedo
·
Escola cria estratégias para minimizar o contato
direto com as crianças
POR QUE OS PROFESSORES ESTÃO SENDO CONVOCADOS COMO OS
PRIMEIROS DEFENSORES DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS?
·
Valorização das crianças para que a educação, o
ensino e os professores também sejam valorizados
É NECESSÁRIO REVOLVER A TERRA PARA PLANTAR A SEMENTE
·
A
criança sabe alguma coisa quando entra na escola? Sim, a mera imposição pedagógica
é um equívoco.
·
A educação, “muito habilidosa”, acostumou a se
olhar no espelho de quem ensina e não de quem aprende.
“Olhar para aprendizagem implica em olhar para o aluno”
è
Para que o ensino seja revertido em aprendizagem
é necessário revolver a terra, penetrar nos saberes, nos talentos, nas motivações,
nos afetos, nas dúvidas e nos medos daqueles que aprendem.
è
Aquele que semeia sem revolver a terra consegue,
no máximo, espalhar as sementes sobre a superfície, sem esperança de que algum
dia criem raízes, cresçam e deem frutos.
MAIS DO MESMO? UM SISTEMA ESCOLAR QUE SE ESTICA
·
Aumento do tempo de escolarização a partir dos
anos 90
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Comparação: Países desenvolvidos (1200 h ou 1400
h), países desenvolvidos (800 h)
·
Banco Mundial: tempo de instrução e tempo na
escola
·
Pergunta: mais tempo em educação equivale a uma
melhor educação?
Para autora o aumento de carga horária não garante qualidade
de ensino, pois não é levado em consideração a realidade da escola, ao invés de
aproximar a autônima da escola acaba distanciando.
A TELEVISÃO (Mediadora entre o
global e o local)
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Bairro pobre de Buenos Aires
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Tv funciona como cinema, livro, enciclopédia
(recurso educativo para saber o mínimo)
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Tv – Prisão doméstica
UMA ESCOLA AMIGA DAS CRIANÇAS E DOS POBRES
·
Somente as crianças pobres têm problemas no
sistema escolar?
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Os problemas existem apenas por causa da
pobreza?
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Crianças não enfrentam problemas peculiares da
infância?
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Adultos: enxergam as crianças como um ser
subdesenvolvido
MELHORA A EDUCAÇÃO PARA ALIVIAR A POBREZA OU ALIVIAR A POBREZA
PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO?
·
Políticas: equidade!
·
Apenas políticas sobre a escola não bastam (Há a
necessidade de políticas sociais)
·
A tarefa de superar os problemas de equidade
exigirá ações em muitas frentes: educativa, ocupacional, patrimonial e
demográfica