quinta-feira, 27 de julho de 2017

Questões sobre a obra TORRES, Rosa Maria. Itinerários pela educação latinoamericana: caderno de viagens

1) Apesar de sua difusão, a Educação para Todos é humilde interpretada, equivocadamente, como escolaridade para todos e considerada equivalente à Educação Primária Universal (EPU), uma meta amplamente proclamada pela comunidade internacional. E mais: o importante conceito de satisfação de necessidades básicas de aprendizagem recebeu bem menos atenção que o esforço por garantir a cada menino e menina um lugar na escola. (Rosa Maria Torres)
De acordo com o trecho acima, a Educação para Todos deve ser entendida como
•A.forma de garantir níveis de escolaridade compatíveis com as idades para meninos e meninas.
•B.ampliação do conceito de escolarização, entendendo educação como um processo para além da escola.
•C.escolarização em larga escala para as populações mundiais em idade escolar.
•D.incentivo para garantir a satisfação de necessidades básicas da população escolar.
•E.meta de escolarização primária a todos que não estão na escola.


2) 'Aprender a aprender' (noção vinculada a 'autoaprendizagem', 'educação permanente', 'autodidatismo') é um lema corrente no discurso educativo.
Porém, segundo Rosa Maria Torres, pouco tem sido feito concretamente, nesse terreno, visando assumir esse objetivo porque parte substancial do aprender e da possibilidade de aprimorar a própria aprendizagem exige, por parte do professor, as seguintes ações:
I. refletir sobre a própria aprendizagem; 
II. tomar consciência das estratégias e dos estilos cognitivos individuais;
III. reconstruir os itinerários seguidos;
IV. identificar as dificuldades encontradas e os pontos de apoio que permitem avançar.
V. propor atividades dinâmicas para casa, como a pesquisa via Internet.
É correto o que se afirma APENAS em
•A.I, II e V.
•B.I, III e IV.
•C.I, II, III e IV.
•D.II, III, IV e V.
•E.II, IV e V.

3) (Unifesp) {...} ”Até há pouco, quando se dizia formação ou capacitação docente, entendia-se formação inicial. Sempre se criticaram as Instituições de formação docente por não se encarregarem da atualização e do aperfeiçoamento contínuo dos professores. Hoje, ao se falar de formação ou capacitação docente, fala-se de capacitação em serviço. A questão da formação inicial está se diluindo, desaparecendo. O financiamento nacional e internacional destinado à formação de professores é quase totalmente destinado a programas de capacitação em serviço. (Rosa Maria Torres). 
Baseado nesta afirmação, pode-se concluir:
a) É preciso dar ênfase à formação inicial, em detrimento da formação em serviço.
b) O enfoque atual em capacitação em serviço fundamenta-se na ideia de que é preciso contratar mais professores.
c) De fato, o que está acontecendo é uma política de portas fechadas a educadores leigos, pois são mais preparados.
d) Esta ênfase atual em capacitação em serviço está fortemente vinculada ao Banco Mundial, as suas recomendações de política e o seu financiamento nos países em desenvolvimento.

4) (Unifesp) “Em cruzamento com estas e outras tendências, tem sido traçada uma série de linhas promissoras, potencialmente inovadoras e transformadoras, algumas das quais também promovidas e/ou apoiadas por organismos internacionais. Dados o panorama já descrito e a profunda inércia que caracteriza as instituições oferecedoras de formação inicial, não é casual que tais tendências renovadoras ocorram sobretudo no âmbito da capacitação em serviço. O principal desafio dos próximos anos é como ”contagiar” e dinamizar a formação inicial a partir destas possibilidades emergentes”. (Rosa Maria Torres)
Podemos considerar como NÃO sendo tendências inovadoras na formação dos professores:
a) O valor informativo da prática.
b) A formação da equipe escolar, mais do que de professores individuais.
c) Diversificação da formação do professor.
d) A interdependência entre reforma escolar e reforma da formação de professores

5) (Unifesp) “Esta concepção de educação básica afasta-se da ”visão ampliada” de educação básica que foi determinada em 1990 na Conferência Mundial sobre Educação para Todos da qual uma das agências patrocinadoras e organizadoras foi o Banco Mundial. Nessa oportunidade foi proposta uma ”visão ampliada” da educação básica que inclui igualmente a criança, jovens e adultos, iniciando-se com o nascimento e se estendendo pela vida toda, não se limitando à educação escolar nem à escola de primeiro grau, nem tampouco a um determinado número de anos ou níveis de estudo, mas que se define por sua capacidade de satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem de cada pessoa”. (Rosa Maria Torres)
Podemos afirmar como educação básica numa ”visão ampliada”:
a) Ser homogênea, igual para todos.
b) Equivale à educação de primeiro grau ou a algum nível escolar estabelecido.
c) Ser diferenciada, já que são diferentes as necessidades básicas de aprendizagem dos diversos grupos e culturas.
d) Realiza-se no equipamento escolar.

Gabarito 
1 B - 2 C - 3 D - 4 B - 5 C

Resumo da obra Itinerários pela educação latino-americana: caderno de viagens Rosa Maria Torres

TORRES, Rosa Maria. Itinerários pela educação latino-americana: caderno de viagens. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Reforma: Política, sistema estatal, homogêneo e esquema vertical.
Inovação: Micro, surge de baixo e sem grandes aspirações. (Semente para implantação da grande reforma)
Centralismo e Autoritarismo:  cultura escolar – Centralismo, burocracia e hierarquia rígida.
Escola não formal: Movimento alternativo a educação formal.
Em cima (especialistas): Reforma – Burocrática e pouco contextualizada
Embaixo (chão da escola): Inovação – muito superficial
Tendência nos anos 80: aproximação do sistema escolar do estado de instituições não governamentais e não formais. (Projetos de melhoria para qualidade da educação)
·         Terceirização de atividades e serviços educativos.

INTINERÁRIO I – MUNDO DA EDUCAÇÃO
·         O MOLDE DA REFORMA EDUCATIVA
País elabora 3 documentos: Diagnóstico, recomendações e Plano.
è Quem produziu os documentos? Especialistas influenciados pelas diretrizes internacionais sobre educação.
è Qual realidade eles retratam? Não retratam a realidade global. Não traz histórico sobre a região.
Diagnóstico: falta de equidade, repetência, evasão, ineficiência interna e externa, má qualidade, baixo rendimento, falta de materiais, capacitação de docentes, centralismo administrativo.
Recomendações: Descentralização e incentivar a autonomia das instituições escolares, estimular a participação e os recursos privados, melhorar e controlar a qualidade, fortalecer a capacidade institucional, diversificar mecanismos e as fontes de financiamento da educação.
Plano: Reforma educativa no Ministério da Educação, Descentralização, acordos e consensos nacionais, focalização na pobreza, prioridade para educação básica, programas de compensação, aumento do tempo de instrução, melhoria da qualidade, fornecimento de textos manuais
Crítica: Faltam dados reais e contextualizados.

O LÍDE : OS VÍCIOS DA POLÍTICA
·         Comunidade “Saudável” – cenário favorável, porém a população não participa
·         Conquistas políticas – influências políticas
·         Participação popular? Não existe, a população só representa votos.
·         Cidade artificial
QUANDO A EDUCAÇÃO SE REDUZ AOS PRÉDIOS
·         Bairro pobre (Pernambuco), prédio escola magnífico
·         Ainda sem aulas e sem recursos internos
·         Foco na construção ou nas pessoas? Valor investido é alto, porém não há investido na educação em si.
·         Trabalho não articulado
·         “Cimento sem projeto”
SIGLITE – Siglas
·         Muitas siglas na escola (desconhecidas
·         Novos governos, novas siglas
A VONTADE CUBANA – Esforço para promover a educação após a revolução cubana
·         Visita nos anos 80
·         Compreensão da “vontade política” aplicada à educação
·         Pós revolução (educação para marinheiros analfabetos)
·         Educação como prioridade e direito de todos os cidadãos
·         Educação para motorista de ônibus (programas de rádios e cartilhas)
·         Milhares de classes primárias nos anos de pós revolução (prioridade para zonas rurais)
O JARGÃO EDUCACIONAL
·         Palestras e seminários como clichês da educação
·         Avaliação, novo método de gestão, competências, trabalho coletivo, construtivismo, temas transversais.
·         Verbalismo, oratório, complicação!

O AUTORITARISMO DOS MÉTODOS PARTICIPATIVOS
·         Oficinas – “método participativo”
·         Regras: Não tomar nota durante a oficina; escrever em um cartão tudo o que alguém diz, não mais que três palavras e não pode ser em forma de oração.
·         Extrema moderação na fala dos participantes
·         Avaliação ao final do dia (coloquem se em círculos, deem as mãos, fechem os olhos)
·         Muitas ordens em nome da participação coletiva.

ESCOLA PARA ENSINAR E ESCOLA PARA SE EXPLICAR
·         A escola pública regular não se aplica
·         Escolas paralelas
·         Ensinar e explicar separados (Ensino – Aprendizagem)
·         Programas compensatórios, instituições de reforço, professores particulares


NORMAS
·         Excesso de leis, normas, decretos e regulamentos
·         Precisam ter sentido libertador e não aprisionador
PROJETITE
·         As escolas são falam em projetos
·         Os projetos invadiram a escola
·         Oportunismo: Empresas de consultoria
·         Cultura do projeto: Competição, superficialidade, ênfase nos resultados
DA REFORMA NO PAPEL E A REFORMA REAL
·         Bolívia: Documento curricular ( A importância do trabalho em grupo) – Carteiras de terra.
·         1996 – Brasil/ São Paulo: 2 h semanas de trabalho coletivo x trabalhos coletivos
·         1995 - Peru: articulação inicial e primária x falta de organização escolar e uso de material convencional
·         1991 – México: distribuição de matérias x falta de professores
·         Anos 90 – Colômbia: Projetos educativos institucionais x elaboração de projetos por equipes técnicas externas à escola
·         1996 – Brasil: Distribuição de computadores x roubos de equipamentos e a falta de capacitação para professores
·         1997 – Chile: Aumento da jornada escolar x Incompatibilidade dos horários da comunidade (almoço, trabalho, saída...), falta de infraestrutura
INTINERÁRIO II – O MUNDO DA EDUCAÇÃO
A ESCOLA DA PROFESSORA RAQUEL
·         Escola 16 de setembro (Querétero/México)
·         Escola pública e rural (ambiente bem cuidado)
·         Integração com a comunidade
AS MIRAGENS DA INOVAÇÃO ESCOLAR
·         Escola (Tequisquiapan/México): reconhecida como inovadora (laboratórios, hortas, aquário)
·         Crítica e pedagogia da memorização (enciclopedismo)
·         Questão: Como se ensina e como aprende?
CONVOCAÇÃO PARA UMA REUNIÃO DE PAIS
·         As escolas não “convocam” os pais – o Correto seria convidar
·         Apatia das famílias? Não, falta de habilidades da escola
·         Elementos: Formato, horário, temática, metodologia
LICÃO DE HOJE: OS FATORES ABIÓTICOS
·         Crítica aos temas irrelevantes

OS CONTORCIONISTAS: SOBRE HABILIDADADES E TALENTOS
·         Papel da escola: ajudar o aluno a descobrir que é bom em alguma coisa.
·         Não valorização apenas do intelectualismo
·         Aumento da valorização das aulas de educação física
INSTALAÇÕES EDUCATIVAS E EDUCATIVAS COMUNITÁRIAS
·         Exemplo de escola bem organizada e estruturada para educar/ensinar e para receber a comunidade e oferecer espaços de entretenimento (Quito)
·         Sessões de cinema, celebrações comunitárias (casamentos, batizados), parque, praça, biblioteca, competições acadêmicas).
·         Compensam as carências dos alunos
Crítica: Cuidado: não se diferenciar a ponto de construir muros físicos e mentais entre a escola e comunidade.
UMA EDUCAÇÃO QUE NÃO VALORIZA O ESFORÇO PRÓPRIO
·         Apresentação de obra literária
·         Interpretação ou reprodução?
·         O mapa colado na parede é mais valorizado do que o mapa feito à mão
·         As formas valem mais que os conteúdos
·         Educação que não valoriza o esforço próprio
SOLUÇÕES FALSAS E SOLUÇÕES VERDADEIRAS PARA O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO
·         Sugestão: reorganização do calendário e do horário escolar, educação a distância, modalidades itinerantes, mudanças nas atitudes e normas de convivência e avaliação escolar.
·         É preciso pensar em verdadeiras alternativas para o problema da educação
LIVROS INFANTIS E LEITURA EM SALA DE AULA
·         Professor não sabe diferenciar um conto
·         Critica a postura do professor que diz se a sala não ficar quieta não fará a leitura
·         História se torna tarefa escolar
DISCRIMINAÇÃO POSITIVA E OS RESULTADOS DAS ESCOLAS
·         Anos 90 – Políticas e programas de “discriminação positiva”
·         Chile – Programa das 900 escolas (P-900)
·         Análise superficial da problemática
·         Criação de programas compensatórios
·         Programa das 900 escolas: infraestrutura e reforço personalizado
·         Selecionam os alunos mais problemáticos para a criação de oficinas
·         Almoço – apenas para crianças com índices muito alto de carência e pobreza
·         Professores: oficinas de aperfeiçoamento e baixíssimos salários
·         Cenário social: violência na família, maus-tratos contra o menor, alcoolismo, prostituição
·         Cenário escolar: crianças com inúmeros talentos e capacidades

INTINERÁRIO III – OS EDUCADORES
DOIS TEMORES ME PARALISAM: O DIRETOR E OS PAIS
·         As escolas oferecem um ensino que as crianças não aprendem
·         Mudanças: mundo, tecnologias, conhecimento, os alunos
·         É preciso “revolucionar” a educação, mudar e mentalidade
·         As inovações sugeridas esbarram em obstáculos
·         Administração rígida e pais implacáveis
·         É difícil realizar até mesmo pequenas mudanças na rotina escolar
TRABALHO EM DOIS TURNOS E FAÇO CROCHÊ
·         Trabalho em dois turnos: dificuldade de deslocamento
·         Atividades complementares: cosméticos, crochê, roupas
·         Menor foco na atividade educacional, cansaço, desvalorização
EU DOU UM JEITO
·         Trabalho espontâneo
·         Desafio: alfabetizar crianças em situação precária
·         Carência dos professores: sem ferramentas e formação necessária
·         Anomia pedagógica (ausência de métodos)
EU GOSTO DE SER PROFESSOR DE PRIMEIRA SÉRIE
·         Ser professor da primeira série é mais fácil?
·         Não exige qualificação, nem experiência?
·         É necessário ter mais conhecimento para ensinar no secundário do que no primário?
O ORGULHO DE SER PROFESSOR
·         Histórias de mulheres que lecionam por 50 anos
·         Missão de desenvolver pessoas
O AMOR É PARTE DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
·         Escolar comunitárias (Pernambuco/1960)
·         Realidade: favelas, pobreza, dificuldades de ensino aprendizagem, merenda fraca
·         São escolas do povo, ruins, mas tenta assumir o papel que deveria ser do estado
MANIPULADORES DE ALIMENTOS, MANIPULADORES DE TEXTOS
·         Chile: manipuladoras de alimentos e não cozinheiras
·         São simples manipuladoras e embaladoras
·         Perda da identidade, da realização pessoal, da criatividade
·         Educar: tem-se transformado em embalador de textos
O DIA QUE TODOS OS PROFESSORES SÃO SANTOS
·         Dia dos professores (Mas o estado não o valoriza)
DIRETOS DOS PROFESSORES. E OS DIREITOS DOS ALUNOS
·         México (Chiapas) – as línguas faladas por professores e alunos são diferentes
OS PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS
·         Equipamentos chegam às escolas
·         E a capacitação dos professores? Não ocorre capacitação dos professores
·         O investimento inclui compra de equipamentos, instalações e manutenção
·         O especialista contratado de fora
·         O professor não precisa acompanhar a modernidade?
·         Marginalização tecnológica
·         Informática e tecnologia – Necessidade!
DUAS ESCOLAS DUAS DIRETORAS
·         Escolas bem administradas, funcionam bem
·         Diretoras com estilo diferentes (Uma autoritária e outra democrática)
A AULA-MODELO
·         Oficina de capacitação docente de Lima
·         Formador – ênfase no aspecto teórico
·         Professor – ênfase na metodologia
·         Sugestão – uma aula modelo, prática que supere o tradicional
·         Relação teoria e prática ( São coisas diferentes porém indissociáveis)
·         Importante: preocupação com e como e com o porquê do ensino aprendizagem

INTINEÁRIRIO 4 – EXPERIÊNCIAS INSPIRADORAS
UM DIA NA COMUNIDADE-ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM GRANADA
·         1973 – 1983 na ilha caribenha
·         Oportunidade de interação professor-comunidade
·         Objetivo: construção de uma nova escola
·         Compromisso do Movimento Nova Joia – democratizar a educação no país
·         1980 – “ Ano da educação e produção” – reformas
·         Seminário – um novo professor para uma nova sociedade
·         CSDP – Programa um dia na comunidade escolar
·         Participação da comunidade
·         CSDP – programa descentralizado (APM, conselho escolar e comunitário, coordenadores de áreas)
·         Desenvolvimento de competências dos alunos
A BIBLIOTECA COMO COMO NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
·         Uma experiência em Córdoba na Argentina
·         Iniciativa: Fundação Pedro Milesi – Instituição privada sem fins lucrativos
·         Objetivo: organização comunitária e promoção de valores
·         Criada para adultos, mas ocupada por crianças
·         Variedade de serviços
·         Função central: Leitura!

TEORIA E PRÁTICA PEDAGÓGICA: UMA EXPERIÊNCIA EM PASSO FUNDO/BR
·         Formar professor reflexivo e pesquisador
·         Encontro de professores – Promover diálogo, reflexão e aprendizagem
·         UPF – Universidade de Passo Fundo
·         Projeto de estudos – o ciclo de estudos para a teorização da prática pedagógica em uma perspectiva emancipadora – Pedagogia crítica
·         Metodologia: Leitura prévia do texto, elaboração de registros e sessões mensais de estudos
·         Grupo de professores como espaço de formação – Discussões e análise
·         Qualidade permanente em serviço (busca por respostas concretas)
SONHAR COMO PALAVRA DE ORDEM: uma rede de educação comunitária em Buenos Aires
·         “ Com o que sonham os jovens desse bairro? ”
·         EL Encontro – rede de 16 organizações comunitárias
·         A criação do projeto parte da consulta à comunidade
UMA PEQUENA ESPERIÊNCIA COM GRANDES LIÇÕES: o projeto Ler e Escrever na Venezuela
·         22% de repetência anual
·         Problema: falta de cooperação entre a pré-escola e a escola em relação ao ensino das crianças
·         Solução: novos métodos de alfabetização, oficina de capacitação de professores, trabalho sistêmico e coordenado entre educação pré-escolar, educação primária e educação especial
·         Importante: Supervisão comprometida
O BAIRRO COMO ESPAÇO PEDAGÓGICO:
·         Sementinha – Vitória - ES, São Francisco e Sabará – MG – Crianças de 4 a 6 anos
·         CPCD – Centro popular de cultura e desenvolvimento
·         Espaço de socialização e brincadeiras
·         Metodologia: roda, pauta, avaliação e memória do trabalho
·         Reunião entre crianças e coordenadores
·         Interessante: Em um espaço de carência em recursos pedagógicos e culturais em um projeto de grande riqueza e potencial
VIGÊNCIA E O PODER DO RÁDIO: as “rádios” das escolas no deserto” em Mendoza – Argentina
·         Rede de rádio: possibilita a comunicação entre 12 escolas-albergues
·         Responsabilidade pelas rádios: Professores
·         Grande parte da programação: Alunos
·         Espaço de educação e cuidados (assistência a saúde, higiene, alimentação e educação)
·         Região isolada – único referencial cultural
·         Papel importante da rádio
EDUCANDO AS MÃES NO VALOR DO AFETO E DA BRINCADEIRA: uma experiência em Tucumán na argentina
·         Melhorar o relacionamento entre pais e filhos
REDES E SISTEMAS ESCOLARES: Experiências na Colômbia e no Chile
·         Redes escolares Pasto – Colômbia
è Rede escolar da comunidade + ONG e pessoas do centro de saúde
·         Articulação para melhor distribuição de recursos, unificação de critérios, coordenação de esforços,
·         Critério de delimitação de rede: geográficos, econômicos e socioculturais
·         Estrutura: assembleia de delegados, conselho de rede, comissão de análise

·         Redes de professores rurais pesquisadores: Departamento de Tolima na Colômbia)
è Iniciativa parte dos professores
è Programa: construção de escolas, boletim próprio da rede (Pilas Maestro),oficina de capacitação docente e atividades de promoção e difusão da escola rural
è Encontro em jornadas a cada 2 anos
REDES ENLACES – CHILE
·         Interescolar, de comunicação computadorizada entre alunos e professores de escolas básicas (internet e laboratórios)
·         Financiamento do banco mundial
·         Software fácil de ser usado
REDE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA EDUCAÇÃO MÉDIA – Diretório de assistência técnica no Chile
·         Assistência técnica especializada com base nas informações recolhidas
PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA – Modelo educativo alternativo 1937 – Espirito Santo - Brasil
·         Regime de alternância: duas semanas na escola e duas semanas em casa
·         Quando um grupo de alunos está em casa o outro está na escola
·         Jornada de 9 a 12 aulas
·         Período em casa: não é “tempo livre”
·         Elementos importantes: integração com a família, convivência com alunos e professores na escola, ligação estudo-trabalho, formação mais que instrução, adaptabilidade e flexibilidade
·         Leva-se em consideração as necessidades das áreas rurais (Campo)
ITINERÁRIO V – PROPOSIÇÕES
DERRUBAR E COMEÇAR TUDO DE NOVO – Nicarágua
·         Políticas de governo
·         Novos governos (ideologia liberal) x sandinistas (justiça, igualdade)
·         Influência das agências internacionais (Banco mundial, OCDE, UNESCO)
DIVORCIO ENTRE ESCOLA E COMINIDADE
·         Concurso – Fundação Kellogg – 1998 – Barreira entre a educação formal e informal
·         Articulação cheio de desafios
·         Desafio maior: como construir uma comunidade de aprendizagem (Junção de valores e inovação)
ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLA E ESCOLA
·         Projeto realizado por uma ONG no Chile
·         Discussões, reuniões, sem a participação da professora
·         Dilema – Escolarizar a educação infantil ou descolarizar a escola

EXPERIÊNCIAS ARTICULADORAS
·         Currículo: alternativas de integração curricular entre pré-escola e escola
·         Capacitação de docentes: normas e mecanismos que favorecem o intercâmbio e o trabalho mais integrado
·         Escola e comunidade – Escola de pais e capacitação de mães educadoras
O CURRICULAR E O EXTRACURRICULAR
·         SEE-PR – Curitiba – Diretores e professores que desenvolveram uma antipatia pelo termo extracurricular
·         Curricular – associado ao formal, convencional e normativo
·         Extracurricular – definido como âmbito informal, do atraente e inovador
·         Educação não-formal e educação popular: também contribuíram para reforçar esse esquema de oposições dicotômicas entre currículo formal/convencional e não-formal/inovador
APRENDIZAGEM ATIVA: Será que existe alguma outra?
·         Discurso x prática – Conhecer pedagogia para utilizar estratégias de ensino-aprendizagem, o foco principal não é o ensino e sim na aprendizagem (Aluno)
·         Pedagogia ativa (aluno-aprendizagem) x ativismo (professor)
O QUE É BOM PARA OS ADULTOS GERALMENTE É RUIM PARA AS CRIANÇAS
·         Aumento da escolaridade e o crescimento da indústria de brinquedo
·         Escola cria estratégias para minimizar o contato direto com as crianças
POR QUE OS PROFESSORES ESTÃO SENDO CONVOCADOS COMO OS PRIMEIROS DEFENSORES DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS?
·         Valorização das crianças para que a educação, o ensino e os professores também sejam valorizados
É NECESSÁRIO REVOLVER A TERRA PARA PLANTAR A SEMENTE
·           A criança sabe alguma coisa quando entra na escola? Sim, a mera imposição pedagógica é um equívoco.
·         A educação, “muito habilidosa”, acostumou a se olhar no espelho de quem ensina e não de quem aprende.
“Olhar para aprendizagem implica em olhar para o aluno”

è Para que o ensino seja revertido em aprendizagem é necessário revolver a terra, penetrar nos saberes, nos talentos, nas motivações, nos afetos, nas dúvidas e nos medos daqueles que aprendem.
è Aquele que semeia sem revolver a terra consegue, no máximo, espalhar as sementes sobre a superfície, sem esperança de que algum dia criem raízes, cresçam e deem frutos.
MAIS DO MESMO? UM SISTEMA ESCOLAR QUE SE ESTICA
·         Aumento do tempo de escolarização a partir dos anos 90
·         Comparação: Países desenvolvidos (1200 h ou 1400 h), países desenvolvidos (800 h)
·         Banco Mundial: tempo de instrução e tempo na escola
·         Pergunta: mais tempo em educação equivale a uma melhor educação?
Para autora o aumento de carga horária não garante qualidade de ensino, pois não é levado em consideração a realidade da escola, ao invés de aproximar a autônima da escola acaba distanciando.
A TELEVISÃO (Mediadora entre o global e o local)
·         Bairro pobre de Buenos Aires
·         Tv funciona como cinema, livro, enciclopédia (recurso educativo para saber o mínimo)
·         Tv – Prisão doméstica
UMA ESCOLA AMIGA DAS CRIANÇAS E DOS POBRES
·         Somente as crianças pobres têm problemas no sistema escolar?
·         Os problemas existem apenas por causa da pobreza?
·         Crianças não enfrentam problemas peculiares da infância?
·         Adultos: enxergam as crianças como um ser subdesenvolvido
MELHORA A EDUCAÇÃO PARA ALIVIAR A POBREZA OU ALIVIAR A POBREZA PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO?
·         Políticas: equidade!
·         Apenas políticas sobre a escola não bastam (Há a necessidade de políticas sociais)

·         A tarefa de superar os problemas de equidade exigirá ações em muitas frentes: educativa, ocupacional, patrimonial e demográfica

Questionário sobre a obra José Mário Pires Azanha - DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO

1) Ao examinar alguns esforços de democratização do ensino em São Paulo, direcionados à ampliação das oportunidades educativas e à prática...