terça-feira, 25 de julho de 2017

Resumo sobre a obra Como aprender e ensinar competências – Zabala e Arnau

Como aprender e ensinar competências – Zabala e Arnau

O termo competência sobre como resposta às limitações do ensino tradicional
·          Competência: Superação da aprendizagem baseada na memorização (Aprendizagem de conhecimentos não aplicados na vida real)
·         Termo competência surge na década de 70 – relacionado ao meio empresarial (Pessoa eficiente)
Crítica:  
·         Universidades utilizam conteúdos conceituais (desligados da prática profissional)
·         Dissociação entre teoria e prática
·         Avaliações como (Enem e vestibulares) – memorização – Influenciam o currículo da educação básica
Europeus – Platão – valorizam o saber pelo saber
Calvinistas – Protestantes – Aristóteles -  Saber para que?
Sistema – Saber pelo saber- propedêutico e seletivo (voltado para evolução linear do sujeito)
·         Quais são os conteúdos prioritários
·         A escola se reduz em uma simples correte de transmissão
·         Quem já sabe, sabe fazer e sabe ser (herdado da educação medieval)
Ensino baseado no desenvolvimento de competências
Motivasse pela crise de três fatores:
·         Mudanças ocorridas na universidade (Se adapta a nova realidade)
·         Pressão social (Novas demandas)
·         Função social do ensino (democratização da educação)
Educação para todos
·         Formação integral do sujeito
·         Função orientadora – oportunidade para todos
·         Século XX – Escola nova – Dewey, Decroly, Montessori, Claparède, etc ...
·         OCDE E UNESCO – Formação integral do sujeito
·         Atuação eficiente das competências em um determinado contexto
Definição de competência -  habilidade para realizar e atuar tarefas utilizando diversas formas de resolução em diferentes contextos.
·         A competência deve ser demostrada em uma situação real.
·         Agir – mobiliza e integra os conhecimentos e atitudes para resolver o problema de forma eficaz



Ação competente –
·         Análise da situação,
·          Seleção dos esquemas de atuação
·         Ação flexível e estratégica.
·         Base -> conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais
Século XX – Movimentos progressistas
·         Educação mais crítica no ponto de vista político
·         Escolas ativas
·         Descrédito à aprendizagem mecânica
·         Desvalorização dos conhecimentos decorrentes da aprendizagem mecânica (Conhecimentos conceituais)
·         Equivoco: Ênfase ao Saber Fazer – Ação pela ação
Objetivo da educação por competências
·         Pleno desenvolvimento da pessoa
·         Formação para a vida
Educação Formal: Caráter intencional, planejada e organizada (Escola)
Educação Informal: não intencional e não planejada (Família)
Educação não formal: Produzida de maneira intencional e planejada, porém fora do âmbito escolar (associação)
Políticas públicas – estimulam ações dos agentes
Sistema educacional x Sistema escolar
Sistema educacional – Mais amplo, articulação dos diferentes meios agentes educacionais
Diálogo entre escola e família auxilia na formação plena do aluno

Educar para a vida – competência no âmbito social, interpessoal, pessoal e profissional
Propostas – Relatório Delors (1996) – Comissão internacional sobre educação para o século XI
è 4 pilares – Saber conhecer, saber fazer, saber ser e saber conviver
Projeto DESECO (OCDE-2002)
Classifica as competências em 3 níveis
1)      Interatuar (Atuar dentro de um grupo heterogêneo)
2)      Atuar de forma autônoma
3)      Utilizar ferramentas (internet, computador, conhecimento, cognitivas, sociais, físicas)
São propostas genéricas e descontextualizadas, essas propostas devem ser situadas (voltadas para realidade do aluno)

Ser competente no Âmbito Social:
·         Participação na gestão social
·         Participação ativa
·         Intervenção de maneira crítica e responsável
Ser competente no Âmbito interpessoal
·         Capacidade de compreensão
·         Capacidade de se comunicar de forma autêntica
·         Busco pelo entendimento mútuo
·         Respeito ao pluralismo cultural
·         Valorização da diversidade
·         Capacidade de cooperação
Ser competente no Âmbito Pessoal
·         Exercer de forma responsável e crítica a autonomia, a cooperação, a criatividade, a liberdade, os diretos e deveres
Ser competente no Âmbito Profissional
·         Exercício profissional adequado as suas habilidades, capacidades e formação
·         Responsabilidade, flexibilidade, rigorosidade
·         Planejamento de carreia
Competências gerais -> acesso a diversos tipos de conteúdos
·         Conceituais (conceitos, princípios, leis) – para o operar com símbolos e signos – Saber saber
·         Procedimentais – Habilidades, capacidade realizar ações de forma racional, coordenada, planejada, visando determinado fim – Saber fazer
·         Atitudinais – sujeito ativo, apresenta criticidade, responsável, justo, solidário – Saber ser
Princípios psicopedagógicos da aprendizagem significativa
1)      Esquemas de conhecimentos e conhecimentos prévios (Peaget, Vigotsky)
·         Esquemas de conhecimento – representações que o aluno já possui
·         Conhecimentos prévios – ponto de partida para novas aprendizagens

2)      Vinculação entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios
·         A aprendizagem é produzida quando são estabelecidas relações substanciais entre os conhecimentos prévios do aluno e o novo conteúdo

3)      Nível de desenvolvimento (Vigotsky) – Zona de desenvolvimento proximal
·         Capacidades cognitivas que o aluno dispõe (real) para enfrentar a uma nova realidade (potencial)

4)      Disposição para aprendizagem
·         Influências: aspectos afetivos, emocionais.

5)      Relevância e funcionalidades dos novos conteúdos
·         Aplicação
·         Instrumentos para intervenção na realidade prática

6)      Atividade mental e conflito cognitivo
·         Fazer pensar (processo interno)
·         Desafio (o aluno questiona suas próprias ideias para construir significados)

7)      Atitude favorável, sentido e motivação
·         Interesse manifesto aos novos conteúdos
·         Intrínseca (o aluno está interessado na própria aprendizagem)

8)      Autonomia, Autoestima e expectativas
·         Efeitos da aprendizagem

9)      Reflexão sobre a metacognição
·         Capacidade de reflexão sobre como é produzida a própria aprendizagem
Ensinar competências -  Formação integral do sujeito
·         Ponto de partida: Situações problemas reais (conflitos, problemas...)
·         Aprendizagens contextualizadas
Realidade global – Ensino por disciplina é insuficiente
·         Ensino processo – Fases diferenciadas – ações estratégicas (sequência didática)
·         Pensamento complexo –
è  Identificar o problema,
è Identificação de informação relevante para resolver questões propostas,
è Para identificar o esquema de ação mais apropriado
è Adequação da ação as especificidades dos problemas
Caráter procedimento do ensino de competências – Requer sempre uma sequência de atividades, organizada e coordenadas.
Desenvolvimento de competências – interações dos componentes
A abordagem dos conteúdos ocorre em 3 formas –
Disciplinar (depende de uma única disciplina)
Interdisciplinar (diálogo de 2 ou mais disciplinas)
Metadisciplinar (quando um determinado componente não depende de nenhuma disciplina)
Disciplinaridade e a interdisciplinaridade – conteúdos conceituais e factuais
Metadisciplinaridade – conteúdos procedimentais e atitudinais
Ex: Participação ativa na transformação da sociedade 
Participação ativa é um componente metadisciplinar.
Transformação da sociedade. (História, Geografia, Sociologia, Filosofia) - Disciplinar e interdisciplinar

Métodos para o ensino das competências
·         Devem ter um enfoque globalizador (Não há uma metodologia própria para o ensino de competências, porém a critérios que devem ser considerados)
Sequências didáticas:
·         Maneiras de articular as diferentes atividades ao longo de uma unidade didática (descobertas, projetos, análise de casos...)
Variáveis metodológicas
·         Relações interativas – ação/comunicação entre professor e aluno (cabe aos alunos o compromisso e ao professor cumprir suas funções)
Organização social da aula
·         Existem possibilidades
1)      Grande grupo (todos os alunos participam)
2)      Equipes heterogêneas fixas (cooperação, autonomia, resolução de conflito)
3)      Equipes heterogêneas flexíveis (processo cooperativo intenso)
4)      Trabalho individual (para as atividades nas quais os alunos já são autônomos para o estudo)
5)      Espaço e tempo – Importante uso flexível dessas duas variáveis (sala, pátio, biblioteca), prever número adequado de aulas
6)      Organização dos conteúdos – importância do enfoque organizador, centrada em modelos globais e integradores
Esquemas – situação da realidade, proposição de questões, utilização de instrumentos e recursos disciplinares, formalização segundo os critérios científicos da disciplina, revisão integradora, materiais curriculares, avaliação (competências)
O que é avaliar competências? Avaliar processos na resolução nas situações problema, não pode ser reduzida a provas escritas.
Objetivos da avaliação: ajuda os alunos para que melhorem o domínio de determinada competência. Elaboração de estratégias para que o professor possa intervir.
Averiguar o grau de aprendizagem adquirida em cada um dos conteúdos de aprendizagem.


Elabora por Márcio Severo 20/07/2017

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