ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA – Libâneo
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Escola como organização de trabalho e lugar de
aprendizagem
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Escola como objeto de estudo
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Devido a sua importância cultural
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Estratégia de modernização
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Atende o sistema produtivo
Estratégia de modernização
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Descentralização do poder, autonomia, avaliação
institucional e participação
Desafio: Eliminar o processo de descriminação e exclusão
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Avaliações sócio-política e abordagens no
processo ensino aprendizagem
Qual autonomia?
1° tipo: Ideário Neoliberal: Desresponsabiliza o estado
2° tipo: Perspectiva
Sociocrítica: Há valorização do trabalho dos profissionais
Fatores que
determinam a eficácia do trabalho escolar
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Papel do diretor, grau de responsabilidade dos
professores, liderança, participação coletiva, currículo, estabilidade
profissional
Cultura Organizacional
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A escola se torna espaço de construção e
reconstrução cultural (Multiculturalidade)
Participação do professor na organização da gestão da escola
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Escola – Profissionalismo – Competências
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Competências: conteúdos, habilidades e atitudes
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Qualificação na ação
Não se quer um professor apenas técnicos, com conhecimentos
restritos ao domínio de técnicas formuladas por especialistas.
Saberes e competências a serem desenvolvidos pelo professor
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Elaboração e execução do planejamento escolar
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Organização e distribuição do espaço físico
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Estrutura organizacional e normas do espaço
físico
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Habilidades de intervenção e participação em
reuniões
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Atitudes solidárias e cooperativas
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Habilidades de obter informações de diferentes
fontes
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Elaboração e desenvolvimento de projetos de
investigação
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Princípio e práticas da avaliação institucional
e aprendizagem
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Noções sobre financiamento da educação,
utilização e controle de recursos
Mudanças do professor
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Sócias, culturais, econômicas
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Atitudes positivas diante dessas mudanças
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Assumir postura crítico reflexiva
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Intelectual e não apenas técnico
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Reflexão x ação (Teoria e prática)
Uma escola para novos tempos
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Tecnologia, sociedade informacional,
globalização capital internacionalizado, neoliberalismo, novas relações de
trabalho
Mudanças na economia – Novo Paradigma produtivo
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Modelo neoliberal econômico (regras de mercado
que conduzem as reformas)
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Educação brasileira -> organização do banco
mundial
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Conferência Jomtien – 1990 – UNESCO
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Proposta curricular instrumental –
Característica imediatistas buscando somente resultados
Nova
pedagogia da hegemonia
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Educação para o consenso – Pensamento voltado a
vontade capitalista
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Prejuízo às camadas populares – formação
cultural
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Meritocracia
Revolução informacional
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TIC’s – Tecnologia da informação e da
comunicação
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Revela desigualdade e exclusão social
Despolitização da sociedade
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Confiança da população no estado
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Individualismo
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Movimentos sociais
Crise Ética
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Crise de valores
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Ter sobre o ser (aumento do individualismo)
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Racismo e preconceito
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Educação voltada para os direitos humanos
Escola necessária para novos tempos
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Aquela que fará frente a nova realidade
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Comprometida com a formação cultural e
científica dos alunos
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Necessidade de repensar a escola visto que ela
perdeu seu monopólio de instituição formadora
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As cidades se tornam agências de formação/educação,
etc...
“A escola é uma síntese entre a cultura diferenciada e a
cultura formal”
Objetivos
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Desenvolver no aluno capacidades cognitivas,
operativas e sociais
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Fortalecer sua subjetividade e identidade
cultural
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Preparar para o mundo do trabalho e para a
sociedade em transformação
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Formar para a cidadania crítica
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Desenvolver valores éticos para a cidadania
Ampliação dos objetivos
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Educação para igualdade
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Educação Ambiental
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Educação intercultural
Buscando a qualidade social do ensino
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Qualidade total: Na perspectiva Neoliberal
(Transformar a casa em uma empresa, foco na eficiência nos resultados)
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Qualidade social: Respeitando suas
individualidades, qualidade para todos e formação integral. - Qualidade formal
(conteúdos) e qualidade política (valores).
A identidade profissional dos professores e o desenvolvimento
das competências
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Profissionalidade: atividade exercida, formação
inicial
Profissionalização
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Experiência, condições ideais, formação inicial
e continuada, recursos e matérias, remuneração compatível – Depende de
condições favoráveis para o seu desenvolvimento.
Profissionalismo
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Responsabilidades e compromissos que o professor
assume com a instituição e alunos
Desvalorização e perda de significado
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Desvalorização: Da atividade docente
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Perda de significado: Tanto para o professor e a
sociedade
Formação Continuada
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Consolidar a identidade do professor (Pessoal e
Profissional)
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De mero cumpridor de rotinas para participar
globalmente das atividades escolares
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Mais competências para refletir sobre prática e
avaliá-la
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Não se resume ao mero treinamento
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Instigado para ganhar autonomia para elaborar
teorias sobre o seu trabalho
Identidade Profissional dos Professores
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Características: Momento Social
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Desenvolvimento: Demanda social
Saberes e competências profissionais
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Saberes: Conteúdo e prática
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Competências: Atitudes, capacidades e
habilidades
Perrenoud – 10 competências para ensinar
1° Organizar e dirigir situações de aprendizagem
2° Administrar a programação das aprendizagens
3° Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
4° Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho
5° Trabalhar em equipe
6° Participar da administração da escola
7° Informar e envolver os pais
8° Utilizar novas tecnologias
9° Enfrentar os deveres e os dilemas da profissão
10° Administrar a sua própria formação continuada
Terezinha Rios – As dimensões da competência
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Técnica: Bagagem de conteúdos
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Política: Valores
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Ética: Valores de convivência
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Estética: Valorização do outro
O sistema de organização e gestão da escola
Administração escolar:
Antes: 1930 – Pioneiros da educação – Organização
burocrática, parecida com uma organização empresarial
Hoje: 1980 – Organização e gestão escolar – Próprio de uma
gestão escolar, visão crítica do papel da escola e da educação.
Concepções gerais:
1° Técnico-Científica – Vê a escola como instituição neutra,
realiza o que foi prescrito pelos superiores, busca resultados.
2° Sociocrítica – Valores, relações entre os indivíduos
Ampliação do leque
1)
Técnico-científica: Espaço neutro e objetivado
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Hierarquia verticalizada (Centralização do
poder)
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Objetivo: eficácia e eficiência nos resultados
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Prescrição detalhada de funções
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Administração rígida (Prevalece os elementos
instituídos)
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Ênfase nas tarefas a serem cumpridas
2) Autogestionária – Anarquismo (Ausência de centralização
de poder)
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Responsabilidade coletiva
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Ausência de direção centralizadora
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Valorizam-se os elementos instituintes
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Assembleias
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Auto-organização
3) Interpretativa – Valorização das interações entre as
pessoas
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Valorização dos significados subjetivos
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Intencionalidade
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Organização escolar socialmente construída
4) Democracia Participativa
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Tomada de decisões ocorre coletivamente
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Todos assumem a responsabilidade
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Alto nível de qualificação e competência
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Solidarismo, respeito, capacidade de receber
feedback
Estrutura e organização de uma escola
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Conselho de escola, APM e Grêmio estudantil
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Setor administrativo – GOE, secretaria,
zeladoria, limpeza
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Setor pedagógico – Conselho de classe,
supervisor e coordenador
Princípios e características da gestão participativa
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Gestão democrática
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Desafio instituir valores democráticos na
organização, os quais deverão ser efetivados na prática
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Ideia de participação – Participação ->
Conquista de cidadania
Participação da escola
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Conhecer a realidade da escola
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Promover a avaliação da qualidade dos serviços
prestados
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Participar para intervir (Planejamento, tomada
de decisão, ações)
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Mobilização, intencionalidade, capacidade e
responsabilidade
Princípios
1)
Autonomia relativa – (instituído e instituinte)
– Planejar a partir das próprias intenções Instância educativa – APM/Financeiro
2)
Relação orgânica entre direção e participação
dos membros da equipe – o diretor precisa orientar, coordenar ações, comunicar,
mobilizar e liderar.
3)
Envolvimento da comunidade escolar
4)
Planejamento de tarefas
5)
Formação continuada para o desenvolvimento
pessoal e profissional dos integrantes da comunidade escolar
6)
Utilização de informações concretas e análise de
cada problema em seus múltiplos aspectos, com a ampla democratização de
informações
7)
Avaliação compartilhada
8)
Relações humanas produtivas e criativas
assentadas na busca de objetivos comuns
Planejamento escolar e projeto pedagógico curricular –(PPP)
Planejamento (Projeto ou plano)
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Traçar um caminho
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Prever uma ação
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Olhar para a realidade
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Preocupar-se com a necessidade e objetivos
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Processual e inconcluso
Funções do planejamento escolar
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Diagnóstico da realidade
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Definir os objetivos e as metas (Prioridades e
recursos disponíveis)
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Definir as ações e estratégias
Projeto Pedagógico Curricular
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Detalha diretrizes, objetivos e ações para
desenvolvimento do projeto educativo
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Expressa a cultura escolar (identidade da
escola)
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Cultura organizacional
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Elementos instituídos e os instituintes
Currículo – Concretiza a proposta pedagógica
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Sacristán: Currículo é a concretização da escola
face à cultura produzida pela sociedade
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Stenhouse: O currículo comunica princípios
essenciais de uma proposta educativa, aberta a um exame crítico para que possa
ser traduzida na prática
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Forquin: Currículo é o conjunto de conteúdos
cognitivos e simbólicos (Saberes, competências, representações, tendências,
valores) Transmitidos (de moto implícito ou explicito) nas práticas pedagógicas
e nas situações de escolarização, isto é, tudo aquilo que poderíamos chamar de
dimensão cognitiva e cultural da educação escolar
Decisões p.130 e 131
a)
Princípios
b)
Objetivos
c)
Sistemas e práticas de gestão negociadas
d)
Unidade teórica-metodológica no trabalho
pedagógico-didático
e)
Sistema explícito e transparente de
acompanhamento e avaliação dos projetos e atividades da escola
Importância do projeto
Sintetiza:
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O que temos,
·
O que desejamos,
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O que estamos fazendo
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Avaliação
Processo de elaboração
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Plano geral (Esboço)
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Mobilização para realização coletiva do processo
de planejamento
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Distribuição de responsabilidades aos grupos de
trabalho
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Elaboração do documento final
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Comissão para avaliação permanente
Proposta curricular a organização e o desenvolvimento do
currículo
Currículo
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Elemento nuclear da proposta pedagógica
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Oferece informações que viabilização o processo
de ensino aprendizagem
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O que ensinar? Para que ensinar? Como ensinar?
Avaliar
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Currículo é o percurso, caminho.
A maneira pela qual uma sociedade seleciona, classifica,
distribui, transmite, e avalia os saberes educacionais destinados ao ensino,
reflete a distribuição do poder em seu interior e a maneira pela qual se
encontra aí assegurado o controle social dos comportamentos individuais
(Bernstein). Pag 140
Por de trás dos currículos existe uma intenções e práticas
sociais. A sociedade julga se um saber é necessário ou não.
O currículo é a representação da cultura no cotidiano
escolar. (Pedra)
O currículo é a
ligação entre a cultura e a sociedade. (Sacristán)
Níveis de currículo
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1970 – Formal, real e oculto
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O que o aluno aprende ou deixa de aprender não
tem relação apenas com as disciplinas escolares
è
Currículo Formal ou oficial (Legal) – Currículo
prescrito – Base Comum Curricular (LDB), PCN, Leis municipais e estaduais
è
Currículo real (experenciado) – Ocorre na prática
no processo de ensino aprendizagem, está no planejamento do professor.
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Percepção que o professor tem do currículo
formal
·
É o que fica na percepção do aluno
è
Currículo oculto: Decorrem de influencias que
afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores, proveniente da
experiência cultural, valores culturas e significado trazidos.
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Não está prescrito e não foi considerado no
planejamento
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Organização e fenômenos presentes no espaço
escolar
Concepções de organização
curricular
1)
Currículo tradicional:
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Organização linear das disciplinas e conteúdos
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Professor é autoridade moral e intelectual
·
Autoritarismo
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Transmissão de conteúdos e memorização
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Avaliação somativa – Se preocupa com o resultado
final
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Alunos imaturos
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Visão adultocêntrica
2)
Currículo racional-tecnológico (Tecnicismo)
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Focado na transmissão de conteúdos
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Aluno precisa desenvolver habilidades
·
Resultado é o saber fazer do aluno (construção
de uma habilidade específica)
·
Currículo prescrito por especialistas
·
Mais importante é o conteúdo
·
Escola não discute sobre o que ensinar, mas
razoavelmente sobre como ensinar
3)
Currículo Escolanovista (não crítico)
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O foco passa a ser o aluno
·
Ponto de partida são os interesses dos alunos
·
Preocupa-se com relação com a realidade (escola
e realidade social)
·
Professor é um facilitador da aprendizagem
·
Conteúdos – Surgem das experiências dos alunos
4)
Currículo construtivista (Peaget)
·
Aluno é concebido como sujeito ativo, constrói o
conhecimento internamente (Assimilação, adaptação, acomodação)
·
Professor é um facilitador – respeita o estágio
de desenvolvimento do aluno
·
Oferecer condições favoráveis a aprendizagem
5)
Currículo sócio-crítico
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Transmissão de conhecimento, mais formação
crítica
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Formação do sujeito para a mudança social
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Formação que exige conhecimento e
responsabilidade
·
Combate as mazelas sociais e construção de novas
relações
Para Libaneo a educação
libertadora de Paulo Freire é um modelo insuficiente para atingir os objetivos
da educação emancipatória
6)
Currículo integrado ou globalizado (Influência espanhola)
·
Globalizado e valoriza a interdisciplinaridade
·
Conhecimento é a utilização das estruturas
cognitivas e afetiva (Peaget, Vygotski e Wallon)
·
Importante manter a inter-relação dos conteúdos buscando
facilitar a aprendizagem
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Metodologia e projetos (Currículo experenciado)
·
Sujeito participa ativamente
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Vivência curricular do aluno
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Observação, comunicação, análise, classificação
...
·
É uma mescla da escola nova e sócio-crítico
7)
Currículo como produção cultural
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Forte oposição as teorias do consenso (que se
ajustam a sociedade)
·
Os conflitos e discordâncias são os primeiros
passos para a transformação social
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Currículo é um território de luta
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Currículo centrado na cultura do oprimido
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Sociologia Crítica
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Relativismo cultural (Pluri e multi–culturalismo)
Libaneo crítica esse tipo de currículo pois há uma
desvalorização do aporte didático e psicológico. A didática e psicologia devem
ser valorizadas, porém esse tipo de currículo os crítica.
Tipos de currículo
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Fechado – Disciplinas isoladas, prescrito,
oferece pequena autonomia ao professor
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Aberto – Interdisciplinaridade, autonomia no
planejamento curricular
Interdisciplinaridade – Cooperação
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Inter-relação das disciplinas
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Contribuição mútua das disciplinas para garantir
a aprendizagem
As atividades de direção e
coordenação
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Diretor/Coordenador : Realizam atividades
pedagógicas e administração
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Ações de interatividade
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O trabalho do diretor e coordenador está sempre
voltado para as pessoas e para a organização
Diretor
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Liderar, estimular, motivar, comunicar-se
Fatores que influenciam as
atividades do diretor e coordenador
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Autoridade – o poder é delegado , exercício de
poder de forma centralizada
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Delegada as participantes da gestão escolar
Responsabilidade
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A responsabilidade final sempre será do diretor
Decisão:
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Capacidade de selecionar a melhor opção para
toma de decisão
Disciplina
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Ajustamento de conduta a regras, normas e
exigências
Iniciativa
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Capacidade crítica e criadora de encontrar
soluções coletiva
Não se quer um excesso de burocracia, autoritarismo,
centralização do poder, individualismo, prática de gerência.
Coordenador
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Trabalha com ações de planejamento,
acompanhamento, gestão, avaliação
Avaliação de sistemas escolar e de escolas (Avaliação da aprendizagem,
avaliação institucional e avaliação do sistema escolar)
Processo de avaliação
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Coleta de informação
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Análise
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Juízo (associação valorativa)
Objetivo: buscar novas práticas
Avaliação – coleta de informação
através de diferentes formar
Juiz de valor – apreciação do
valorativa do evento
Quantificação – a utilização de
alguma forma de medida
Avaliação do sistema educacional
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Avaliação gobalizante da educação
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Orientação das organizações financeiras
internacionais
Avaliação institucional
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Busca coletar informações de natureza
quantitativa e qualitativa sobre a organização escolar como um todo
Avaliação acadêmica
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Avalia-se os resultados da aprendizagem escolar
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Orientam a formulação de novas políticas
públicas
Avaliação do sistema – Influências
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Problemas – testes globais que definidos fora da
escola que influenciam o que foi realizado na escola
Reformas educativas mundiais e avaliação do sistema de
ensino
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Tendências: Subordinações dos sistemas
educacionais do paradigma produtivo
Brasil avaliação global do sistema de ensino
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Ed. Básica – SAEB, SARESP, ENEM, Prova Brasil,
censo escolar
Análise crítica
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Padrão de qualidade total (UNESCO)
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Competividade entre as escolas (Repasse
financeiros)
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Diagnóstico razoável
Relação educação, custo benefício, insumos
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Maior produtividade com menor custo
Necessidade de mudanças e o novo projeto educacional
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Escola nas mudanças e formando para mudanças
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Não pode permitir competição, seletividade e
privatização
Visão progressista
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Condição para avaliação – Avaliação para mudança
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Sem testes padronizados (avaliações em larga
escala)
Avaliação emancipatória
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Compreensiva e global
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Democrática
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Auto - avaliação
Elaborado por Márcio Severo 12/07/2017
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